terça-feira, 4 de agosto de 2009

Desculpem o meu português ruim, mas talvez a leitura seja interessante...

O trecho, a seguir, é parte do texto escrito por John Grogan... mais recente livro best-seller adaptado para o cinema "Marley & Eu". Leiam:

" [...] Seria possível que um cachorro - qualquer cachorro, mas principalmente um incontrolável e maluco como o nosso - pudesse mostrar aos seres humanos o que realmente importava na vida? Eu acreditava que sim. Lealdade. Coragem. Devoção. Simplicidade. Alegria. E também as coisas que não tinham importância. Um cão não precisa de carros modernos, palacetes ou roupas de grife. Símbolos de status não significam nada para ele. Um pedaço de madeira encontrado na praia serve. Um cão não julga os outros por sua cor, credo ou classe, mas por quem são por dentro. Um cão não se importa se você é rico ou pobre, educado ou analfabeto, inteligente ou burro. Se você lhe der seu coração, ele lhe dará o dele. É realmente muito simples, mas, mesmo assim, nós humanos, tão mais sábios e sofisticados, sempre tivemos problemas para descobrir o que realmente importa ou não. [...]"

O texto acima traduz todo sentimento e admiração de um dono pelo seu cão quiçá por todos os cachorros. Adorei a forma como todo o livro é escrito, mas este trecho é sublime pelo simples fato de reconhecer a superioridade de outro animal, que não os seres humanos, no domínio dos sentimentos e dos valores. Se um "pedaço de madeira" serve para um cachorro, por que não nos basta as coisas simples da vida? Por que precisamos ter um smartphone? Por que precisamos ter roupas caras e da moda? Por que precisamos ter? Por que não podemos apenas ser? Ser um sorriso... Ser um amigo... Ser um bom profissional... Ser educado... Ser respeitador e respeitado... Ser próximo e atento às pessoas, aos animais e aos locais onde vivemos. O "ser" implica muito mais valores no campo sentimental, enquanto que o "ter" dá sempre uma idéia de valores materiais. Acredito que essa seja a diferença crucial quando usamos esses termos no nosso dia-a-dia. Concordam?! Além disso, penso que Ter consciência não necessariamente significa Ser consciente. Pense nisso!

Saindo da questão do "ter" e "ser", faço a seguinte colocação:
- Então, perante aos demais animais somos os seres complexos, os "tão mais sábios e sofisticados", e o que essa complexidade nos traz de bom além dos confortos que acabam com o nosso planeta?! Se na nossa infinita complexidade criamos o que é a simplicidade, por que não podemos segui-lá? Nós, que criamos o conceito, somos incapazes de colocá-lo na prática... Aí, nesse momento, penso eu...Não seria melhor ser uma ameba?!?!

Por fim, acredito que deixo mais dúvidas, indagações e confusões (risos) do que um conselho ou sugestão, mas como já disse Mário Quintana: "A resposta certa, não importa nada: o essencial é que as perguntas estejam certas."

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