quarta-feira, 23 de setembro de 2009

humanos trabalhando

ATENÇÃO!

blog provisoriamente interrompido

pegue um desvio

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Benchmarking 2009

Pessoas, boa noite!

Sexta, em Sampa, aconteceu a apresentação dos 30 "cases" socioambientais rankeados no Benchmarking Brasileiro 2009, durante a 2 ª FiBops - Feira Internacional para Intercâmbio das Boas Práticas Socioambientais.

O Programa de Educação Ambiental para a Sustentabilidade, do qual eu faço parte, foi inscrito e ficou entre os 30. Já a noite, depois de uma magnífica apresentação de músicas que eram cantadas por Edith Piaf, pelo brilhante Duo Caleidoscópio (cliquem porque vale a pena), o resultando da classificação foi divulgado : ficamos com o 3º lugar! E há, sim, muito o que comemorar!

Parabéns para nós, integrantes da MAPE.CD!!

Confira a lista dos concorrentes aqui.

Hasta después!

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

conhece o FIB?




Além do PIB, existe o FIB - Felicidade Interna Bruta.

Confira aqui.

E já cantando a bola, o próxima conferência do FIB será aqui em Foz do Iguaçu, no final de novembro.


Hasta después,
NAMO AMITUOFO

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

bio, nano e ego



Em primeiro lugar, boa tarde! Eu estou de férias em Adamantina. A semana que passou foi intensa e ao mesmo tempo revigorante. Agora, tendo embalar em outros planos, já estruturando novamente minha rotina.

Mas, quero falar de outra coisa.

Outro dia, antes de eu sair de férias, uma amiga me madou um e-mail muito interessante, sobre isso aqui.


Pois é, o garoto canadense parece que manda muito bem, e passeia voluntarimente com os dogs do seu bairro! E, olha só, achou as tais bactérias para decomposição acerelada dos sacos plásticos.


Eu respondi para minha amiga: acredito que nossa almejada sustentabilidade dependerá essencialmente de três coisas: da bio e da nano tecnologias, e da anulação de nosso ego. Ou seja, não bastará que o ápice da Ciência chegue, será necessária nossa reinvenção enquanto sociedade.


Agora, cá pra nós, por que será que só um garoto de 16 anos "achou" as bactérias? Por que ainda é mais vantajoso continuar vivendo "como nossos pais"? Quais os interesses dessa sociedade estruturada NO e PARA o capitalismo neoliberal? Hã? Hã? Pela mor!


Acho que sinto a opressão da "gaiola de ferro", metáfora de Max Weber para o "homem moderno", mesmo habitando sociedades líquidas. Ou será que sou limitado por mim mesmo?


Enfim, isso não vem ao caso aqui e agora.


Sobre a bio e a nano tem muito coisa por aí no www.


Sobre a reinvenção da sociedade, gosto de ler o que o Quiroga escreve no seu diário de bordo.


Hasta depués

domingo, 16 de agosto de 2009

Sustentar habilidades: Ecoespiritualidade e a Educação Ambiental

Atualmente estou participando de um movimento espiritual que se chama Mística Andina. De súbito me apaixonei, senti-me em casa inclusive por seus discursos, por suas ações, por sua amorosidade com a vida. Na Mística experimentamos a Ecoespiritualidade, que é muito simples, somente um jeito de se relacionar com a vida.
A Mística Andina tem tudo a ver com a filosofia e o jeito da Educação Ambiental. Para quem conhece a Educação Ambiental para além da mídia, vive-a como uma sede de mudança geral em seus múltiplos movimentos, que também pode ser sentida pela Ecoespiritualidade que é uma conspiração planetária – aspirar em conjunto à relações solidárias, fraternas e amorosas.
Para viver educação ambiental é preciso senti-la, senti-la como uma conspiração planetária, em que o desejo por um mundo melhor deve estar mesclado com o universo, para além de interesses pessoais. Por isso, recomendo para quem quiser conhecer e viver a educação ambiental, primeiramente deve experimentá-la: conhecimentos adquiridos por instigantes leituras, que te deixam com um “pulgueiro” atrás da orelha, participar de eventos e perceber sua diversidade, e fazer grupalmente diversas ações locais, tornar o afazer um gozo, um ato criativo de rebeldia amorosa.
O que instiga, move e comove as pessoas para uma consciência planetária de unidade e respeito à diversidade é o amor. Essa questão pode ser bem compreendida no fato de que se há poder na busca de resultados pessoais, inclusive para ações transformadoras, acabam por surgir as contradições. A busca por poder não leva à ecoespiritualidade e ao amor. E os sonhos acabam se desviando de seus sentidos, gerando Karmas, porque querem resultados sobre o poder pessoal e não sobre o amor a Pachamama – mãe terra.
Na Mística Andina o discípulo tem algumas tarefas principais, uma é trabalhar sobre suas próprias sombras, pois se você mudar o mundo muda, já dizia Gandi – “Seja você a mudança que quer ver no mundo”. E a outra tarefa consiste em ter uma área de serviço, jamais pode se pensar em um discípulo sem que ele perceba e sofra a dor do mundo, que perceba e simplesmente não faça nada, esperando que o Estado, a empresa, o prefeito, o professor, ajam. Pois ele (o próprio sujeito cidadão) é uma pessoa séria e paga os seus impostos anualmente! E assim já fez a sua parte, o que falta é políticas públicas e emprego! Pura ironia...
Com esse jeito de viver a mística, o trabalho das sombras e a área de serviço, percebo a proximidade com a Educação Ambiental, o ambiente em suas múltiplas realidades, conforme nos fala Guattari – filósofo Francês – e a Ecosofia. A ecosofia consiste em linhas de práxis no mundo cotidiano, essas linhas são três, as três ecologias: a mental, a social, e ambiental. Não é possível um discípulo, um educador ambiental e um sujeito viver a educação ambiental e sustentar habilidades (já que não é fácil sustentá-las) sem viver na interconexão dessas três ecologias, sem viver a Ecoespiritualidade. A ecoespiritualidade te dá força, permite conectar a todas energias que te dão asas, que te empurram, que te entusiasmam e dão fôlego para uma nova empreitada.
A preocupação e ação em defesa da natureza, não está descolada da homogeneidade cultural e econômica em que vivemos e que afeta o modo de levar toda a sociedade e os seres humanos. Não adianta você separar o seu lixo, economizar água, prover discursos bonitos, senão está intentando melhorar-se como alma, como pessoa, como espírito. É tudo junto!
É pessoal...é uma longa caminhada...e o caminho se faz ao caminhar, e também criaremos asas e partiremos para o vôo, sonhando outras paisagens e outras pairagens, pois uma coisa é certa: Quem ama, sonha mais! E quem sonha e ama, plasma realidades por atos criativos de rebeldia amorosa.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

você é seletivo?



Acredito que niguém seja 100% eclético e que goste de tudo e todos e também acho não que exista alguém que fale sempre "tá tudo bem, pode ser". Não, não. Somos seletivos. Separamos, quase sempre, o "nosso" joio, do "nosso" trigo. Está certo que, em alguns casos, temos é que calar nossa matraca e dizer, mesmo se remoendo por dentro - "tá, pode ser...".


Mas, além de separar o joio do trigo, que tal separar a embalgem do trigo também? Ou seja, habituar-se a fazer uma coisinha que se chama COLETA SELETIVA, ou, SEPARAR AQUILO QUE PODE SER RECICLADO DAQUILO QUE NÃO PODE. Se essa coleta seletiva, também for solidária, parabéns - o benefício socioambiental é ainda maior!

Hã? Na sua cidade, bairro, casa, quarto, cama não tem um associação de catadores? A prefitura não tem um plano de coleta seletiva para a cidade? Sua empresa, escola, associação, clube, bar, prédio não tá nem aí pra isso?? Então, sinto lhe formar, você não participa do básico para se pensar e praticar habilidades para um planeta mais sustentável. E olha que, coleta seletiva e reciclagem, é o básico do básico.

Mãos a obra meu povo! O tempo "muge"! muuuuuuuu! Ligue, cobre, apareça e aconteça! Vamos ativar nosso senso de responsabilidade e cidadania planetária! \\o

hasta después

domingo, 9 de agosto de 2009

Se você pode, coma menos carne.



Não sou vegetariano, porém, procuro equilibrar minha dieta alimentar e reduzir conscientimente o consumo de carne.


Já não como os frangos da produção em série, por opção particular. Cada um come aquilo que pode e quer, não é mesmo? Depende. Se formos pensar com cautela, comer carne em excesso é prejudicial tanto a saúde, como ao meio ambiente. O ideal é termos uma alimentação balanceada, priorizando produtos da agricultura local.

A produção intensiva de frango, e sua consequente exportação, APESAR DE GERAR RENDA E EMPREGO (justos?), que é UM DOS PILARES DE UMA SUPOSTA SUSTENTABILIDADE, também acarreta em um enorme custo ambiental, visto que precisa-se de MUITA ÁGUA e gera muitos resíduos que acabam contaminando cursos d´água.

Quanto ao carne bovina, o problema se agrava no Brasil, principalmente pelo desmatamento para dar lugar a pastagem - veja aqui.

A questão é: o custo ambiental da produção de tanta carne está internalizado no custo de comercialização desse produto? Quem sai ganhando no final das contas? O argumento da caridade universal de que é pelo bem da humanidade para que as pessoas não passem fome é o MAIS ABSURDO POSSÍVEL e chega a me dar náuseas. É só contabilziar a quantidade de alimento que deixa de ser produzido para os humanos para que sejam alimentados os bois e os frangos! Como o neoliberalismo pode transformar as pessoas em monstros? Será que estamos todos esquizofrênicos?

É óbvio que o INTERESSE ECONOMICO DE POUCOS é que dita a regra da produção, distribuição e consumo de carne no mundo. Caso não fosse assim, e que esse sistema não desse MUITO LUCRO QUE AUMENTA A CONCETRAÇÃO DE RENDA, teríamos uma produção local e natural de carne, compatível com a necessidade de todos para suprir-se nutricionalmente de uma fonte saudável de proteína animal.

Não estou falando que é preciso parar de comer carne. Mas, precisamos pontuar o custo dessa produção, tanto para nós, como para o meio ambiente. Logo, COMER MENOS CARNE, e, se possível, verificar sua procedência, seria o mais indicado para melhorarmos nossas relações socioambientais.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

O que nos (co)move?

Foz do Iguaçu tem uma das paisagens mais facinantes do Mundo - as Cataratas. É o segundo destino mais visitado por estrageiros, ficando atrás da Cidade Maravilhosa. Porém, a beleza também divide espaço com a feiura - pesquisas apontam Foz do Iguaçu como a cidade mais violenta do país para os jovens.

Vivo em Foz do Iguaçu a pouco mais de um ano e, logo na primeira semana aqui, a padaria que eu estava foi assaltada por um piá com arma na mão - levou o dinheiro do caixa. Depois não presenciei e nem fui vítima de nenhum outro ato similar. A violência da cidade é concentrada nas pereferias e nos jovens que entram na onda do tráfico de drogas e mercadorias. Uma realidade difícil e problemática que exibe as feridas abertas desse canto da América Latina, uma tríplice fronteira imersa em assassinatos. Para quem lucrar?

O cerne da questão talvez esteja mesmo na "natureza humana" (historicamente construída), ou seja, nos Egos retumbantes às margens borradas por um processo de civilização em crise. Somos aguçados a querer, a ter, a mostrar nosso poder através de preciosos bens de consumo, que exibi-se como um troféu - eu posso, você não!

Os sentidos caros à vida se perdem, ou até mesmo nunca foram procurados. Os jovens que morrem em Foz do Iguaçu são, ao mesmo tempo, o reflexo e o alerta - reflexo de uma Civilização Planetária doente e o alerta de que o ponto de mutação chegou. Para além daqui, se continuarmos confortavelmente a acumular nossa dívida, só nos restará o fim. Se cada pessoa reforçar a lógica egóica propagada pelas marcas, pelos atos medíocres do lucro, da satisfação pessoal acima de qualquer um e de todos, estamos fadados a um lastimável fim.

Mas o ser humano é interessante! Fica fascinado com um bela paisagem e indiferente ao resto de tudo que não diz respeito ao seu umbigo. Percorre os caminhos deixando uma pegada tão forte, que o tempo não cosegue apagar. E se julga um animal inteligente. Sim, somos inteligentes para nosso próprio bem, ou mal.

Se tudo fosse um teatro, talvez a platéia estivesse horrorizada.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Desculpem o meu português ruim, mas talvez a leitura seja interessante...

O trecho, a seguir, é parte do texto escrito por John Grogan... mais recente livro best-seller adaptado para o cinema "Marley & Eu". Leiam:

" [...] Seria possível que um cachorro - qualquer cachorro, mas principalmente um incontrolável e maluco como o nosso - pudesse mostrar aos seres humanos o que realmente importava na vida? Eu acreditava que sim. Lealdade. Coragem. Devoção. Simplicidade. Alegria. E também as coisas que não tinham importância. Um cão não precisa de carros modernos, palacetes ou roupas de grife. Símbolos de status não significam nada para ele. Um pedaço de madeira encontrado na praia serve. Um cão não julga os outros por sua cor, credo ou classe, mas por quem são por dentro. Um cão não se importa se você é rico ou pobre, educado ou analfabeto, inteligente ou burro. Se você lhe der seu coração, ele lhe dará o dele. É realmente muito simples, mas, mesmo assim, nós humanos, tão mais sábios e sofisticados, sempre tivemos problemas para descobrir o que realmente importa ou não. [...]"

O texto acima traduz todo sentimento e admiração de um dono pelo seu cão quiçá por todos os cachorros. Adorei a forma como todo o livro é escrito, mas este trecho é sublime pelo simples fato de reconhecer a superioridade de outro animal, que não os seres humanos, no domínio dos sentimentos e dos valores. Se um "pedaço de madeira" serve para um cachorro, por que não nos basta as coisas simples da vida? Por que precisamos ter um smartphone? Por que precisamos ter roupas caras e da moda? Por que precisamos ter? Por que não podemos apenas ser? Ser um sorriso... Ser um amigo... Ser um bom profissional... Ser educado... Ser respeitador e respeitado... Ser próximo e atento às pessoas, aos animais e aos locais onde vivemos. O "ser" implica muito mais valores no campo sentimental, enquanto que o "ter" dá sempre uma idéia de valores materiais. Acredito que essa seja a diferença crucial quando usamos esses termos no nosso dia-a-dia. Concordam?! Além disso, penso que Ter consciência não necessariamente significa Ser consciente. Pense nisso!

Saindo da questão do "ter" e "ser", faço a seguinte colocação:
- Então, perante aos demais animais somos os seres complexos, os "tão mais sábios e sofisticados", e o que essa complexidade nos traz de bom além dos confortos que acabam com o nosso planeta?! Se na nossa infinita complexidade criamos o que é a simplicidade, por que não podemos segui-lá? Nós, que criamos o conceito, somos incapazes de colocá-lo na prática... Aí, nesse momento, penso eu...Não seria melhor ser uma ameba?!?!

Por fim, acredito que deixo mais dúvidas, indagações e confusões (risos) do que um conselho ou sugestão, mas como já disse Mário Quintana: "A resposta certa, não importa nada: o essencial é que as perguntas estejam certas."

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Seu mundo você é quem faz...


Dale Marina Silva!

Hoje, depois do almoço, fui fuçar na lojinha do lado do comedor e nem sabia que a nossa Senadora (PT) Marina Silva deu uma entrevista para Caros Amigos.

Recomendo!! Pode ler um pedacinho aí no site.

E falando nisso, Marina disse, dentre inúmeras outras coisas exclarecedoras:

"Existe um movimento de alguns jovens na internet que eu entendo muito mais como simbólico, e que tem a ver com o que eu estou dizendo. As pessosas querem mudanças, querem ver que isso é importante dentro dos processos decisórios. E aí eles me tomam como símbolo e me colocam como candidata a presidente da República para dizer 'esse tema é importante' para ser tratado na mais alta esfera de decisão"

É sobre isso aqui! - Movimento Maria Silva para Presidente. O pessoal tava MUITO presente no VI Fórum Brasileiro de Educação Ambiental! Eu comprei minha camiseta (estou com ela agora, até tirei para conferir o site na parte de trás) e fiz minha assinatura eletrônica. Vale pelo movimento para dizermos que "esse tema é importante"! E é! Entre no site no movimento e fique por dentro!

Eu fui correr com a camiseta ontem e hoje. Muito legal ver as pessoas lendo e fazendo aquela cara de "Maria Silva, presidente?" AUHua ... tá valendo!

Abrasss e hasta pronto!

tá sujo? limpa aê!

Buenas,

Apesar das multimarcas de multiusos dos produtos de limpeza nocivos ao Planeta contiarem a vender uma ilusão do "cheirinho da natureza para sua casa", existe maneiras mais sustentáveis de deixar a casa ou o ap limpos.

Em primeiro lugar, um paninho absorvente bem torcido, apenas com água, é uma ótima maneira de tirar o pó, nada mais que isso!!! Varrer, passar pano SÓ COM ÁGUA, na sala e nos quartos, por exemplo, tem tudo haver. Usar sabão neutro (em barra) para lavar a louça (e a roupa também!!) é outra medida viável, basta querer!

Quanto aos lipídios da cozinha e aos germes do banheiro, recomendo um produto bem bacana e, pelo menos aqui nos supermercados de Foz do Iguaçu, eu tenho encontrado...



Dessa linha, estou usando o multi-uso, e é muito bom, com preço acessível.

Do mais, vale (re)pensar que essa "mania de limpeza" que a propaganda nos embuti na cabeça. Higiene é uma coisa, tem haver com saude e bem estar. Agora, ninguém em sã consicência socioambiental precisa comprar bilhares de produtos de limpeza para viver bem, não é mesmo?

domingo, 2 de agosto de 2009

NA TV!

Pessoas!

Existem dois ótimos programas na tv sobre sustentabilidade:









Legal é que no domingo podemos ver os programas inéditos : o Ecoprático as 21h (na TV Cultura) e Cidades e Soluções a partir das 21:30 (na Globo News), mas tem horários alternativos também e alguns programas disponíveis para ver na web - lembrado o que o Cidades e Soluções também passa no Futura (de domingo as 15h e sextas as 21h).

Falando nisso, o André Trigueiro, jornalista da Globo News e que apresenta o Cidades e Soluções, mediou uma mesa no VI Fórum Brasileiro de Educação Ambiental que foi semana retrasada no Rio de Janeiro. Eu estava presente e ele é, realmente, muito competente. Soube conduzir a mesa com credibilidade. Parabéns André, admiro muito seu trabalho!

Hoje é domingo, pé de cachimbo...

Pois é, aqui está o blog que havia comentado já com várias pessoas e que já estava em registro, porém inativo. O texto de abertura ficou cozinhando por um bom tempo, lentamente. E nem é todo o texto que eu postei. Nas sequências, vou postar o que restou.

Mas, enfim, o importante é que temos mais um espaço para falarmos sobre como tornar esse Planeta mais sustentável - pensar global e agir local. Se bem que, na rede www, tudo é global e local ao mesmo tempo. Basta um clik e lá vamos nós ...

Esse blog conta com colaboradores e a medida que forem postanto, as temáticas irão aparecendo. Mas a ideia é que possamos fazer isso da maneira mais "natural" possível.

Tenho MUITA coisa pra falar. Mas antes tenho que fazer uma digulvação - para isso também servem os blogs! É sobre o Encontro Paranaense de Educação Ambiental, que esse ano será aqui em Foz do Iguaçu.

Estão convidadas/os!! Qualquer informação a mais sobre o evento, podem estrar em contato comigo.

Volto ainda hoje, acho!

sábado, 1 de agosto de 2009

BlogBlogs.Com.Br

Sustenta habilidades: habilidades para habitar o Planeta em busca da sustentabilidade

Sustentabilidade é uma dessas palavras com sentidos que se movem, variam nos contextos, nas práticas, nos discursos. Sabemos, no entanto, que só aquilo que faz sentido nos é caro. Mas, “fazer sentido” também é um arcabouço de possibilidades de racionalidades, sentimentos e sensações. Os sentidos que damos as coisas são conferidos por um complexo sistema de interações abstratas e subjetivas, mas também concretas e objetivas. É assim que operamos com os sentidos no dia a dia. Daí a importância das coisas terem sentido. Sem sentido, ou com pouco sentido, entramos no campo de uma nuvem cinza, amorfa e etérea. Ou ficamos com medo e nos afastamos; ou, simplesmente, ignoramos a coisa sem sentido. Mas, como construímos o sentidos das coisas, para que, então, possamos habitá-las?

A ideia desse blog é aproximar esse conceito de nossas vidas, torna-lo palpável e praticável nas várias instâncias de nossa existência individual mas, principalmente, coletiva. Se há um consenso em torno das sustestabilidades (reparem no plural!) é que elas funcionam apenas em relações. Não tenho como ser “sustentável” por mim mesmo, isolado do resto da nossa casa, do nosso prédio, da nossa cidade, do nosso Planeta. A primeira habilidade para praticar as sustentabilidades seja talvez reconhecer as inúmeras relações de diversidade do mundo. Essa habilidade torna-se cada vez mais difícil, já que nossa cultura global ocidentalizada e capitalista privilegia a exaltação do Eu como modos operandi. Cada um de nós é estimulado a vencer sobre o outro, na demonstração e exaltação de bens de consumo “únicos”.

Mas, de fato, os sentidos compreensíveis da existência que vigoram para uns não vigoram para outros. Daí que, conceber a sustentabilidade como práticas de vivências, modos de fazer, tornando-a também um certo tipo de habitus, requer sempre uma contextualização. Falar em sustentabilidade no Brasil, um país continente, implica em reconhecer nossa diversidade cultural, mas também nossa avassaladora desigualdade estrutural. Quem está na miséria, do lado invisível do capitalismo, não tem essa palavra em seu discurso e em suas práticas. A ordem do dia é ter o que comer, se virar para ganhar algum, estar ligado para não morrer. A lei da sobrevivência fala mais alto. E como poderia ser diferente? Por isso, nosso cuidado deve ser em evitar qualquer tipo de julgamento moral. Não é que não exista o certo e o errado. A questão é que o “obviamente” certo para alguns não será inteligível para outros, e isso acontece com o “obviamente” errado também.

Produzir sentidos para as sustentabildiades é, antes tudo, apostar em uma sinceridade semântica. Vivemos imersos em um mundo em grave crise sociambiental, mas não aprendemos a viver nele de modo diferente. Nossos valores e individualidades não contribuem para isso. O mundo continua sendo um só e nós estamos cada vez mais sós. Isolados em carências afetivas e reflexivas, vamos nos tornando mornos, vamos nos apegando aos “tanto faz”, “isso não me interessa”. Se temos um relativo conforto material que nos garante a existência, as coisas tendem a ficar do jeito que estão. Aquilo que não sentimos como experiência real é protelado. Aquecimento Global? Onde? Não dentro de um carro com ar condicionado! Não nos finais de semana e feriados durante um churrasco ou aniversário? Pouco provável. Esquecemos que somos co-responsáveis ou sabemos que somos e ligamos o botão “fazer o quê, não é mesmo?”. Consumimos e descartamos como se o Planeta fosse infinito. Essa super potência egóica nos indica o quanto ainda somos imaturos e medíocres enquanto adultos, criando uma permanência heróica em nossas narrativas internas. O Eu superlativo é uma cascata devastadora para o Planeta, visto que superdimensiona o “instinto de sobrevivência” em uma espécie de uma imensa complexidade social e cultural.

A ciência e a tecnologia na prestação de serviços ambientais têm tido um papel fundamental, porém, não bastam por si só. Não há tecnologia que de conta de sanar um dívida que se iniciou a quatro séculos atrás. Tecnologia, até onde se sabe e no que a ciência aposta, não é uma Divindade capaz de criar um botão auto limpante para nossos rastros pegajosos. Tecnologia é uma ferramenta, tanto para o “bem”, como o “mal”. Bem estar de uns, maus estares de muitos, até agora. Não podemos esquecer que a tecnologia, até ontem, serviu muito bem como força propulsora a um capitalismo nada verde. Alias, existe algum tipo de capitalismo que possa ser “verde” ou “sustentável”? É de se pensar se uma coisa não é completamente antagônica a outra. Na essência de sua filosofia, o capitalismo continua sendo igual ao que sempre foi – satisfação (lucro da mais valia) de uma minoria que detém os bens de produção, em prol do sacrifício da exploração do resto do mundo, dos humanos e da natureza. Uma diferença de hoje nessa equação é que os bens de produção também são etéreos, são simbólicos, são bits de informação financeiras que movimentam economias especulativas. Para que e para quem?

Para abarcar o tema da sustentabilidade, temos também de percorrer os porões de nossos desejos e vontades, de nossos sonhos de olhos abertos. O desejo, tido como força propulsora de nossas ações nos faz querer ser e agir de tal ou qual modo. E nós, via de regra, desejamos a felicidade, o que é um conceito e uma prática muito particular. Mas nossas imagens de felicidade, até então, não foram e não são formadas pensando em habitar o Planeta de modo responsável e coerente. Isso pouco passa por nossas cabeças e, na prática do dia a dia, se reduz a algumas atitudes pontuais e singelas, que são importantes, mas efêmeras e insuficientes considerando a gravidade dos problemas sociambientais que enfrentamos hoje. Em vista disso, deveríamos desativar nossos mecanismos de proteção através dos quais nos protegemos e nos auto justificamos (o heroísmo egóico ficcional) e assumirmos sinceramente nossas incompetências e incapacidades enquanto seres humanos para habitar esse Planeta. Assumir isso é sofrível, machuca o nosso Ego como se atingisse nossa alma ou essência (natureza humana histórica) e coloca uma questão clara e amarga: queremos ser diferentes?

É comum que a sustentabilidade seja proferia como uma integração entre economia (capitalista), sociedade e meio ambiente. Nas interfaces entre esses subsistemas surge medidas de empreender um mundo melhor, feito por pessoas melhores. Isso quando a sustentabilidade é tomada como estratégia sine qua non e equalizada em processos participativos e emancipatórios entre governo, empresas e pessoas da sociedade civil. Mas há também a disseminação de uma sustentabilidade de fachada, markenting verde e perigoso para que algumas corporações possam continuar atuando em sua devastação das pessoas e da natureza. Nesse contexto global, países como a China, que abriram suas portas para o pior do capitalismo e da globalização, vivem em um economicismo destrutivo mais intenso que o assistido quando do início da revolução industrial, e isso em pleno século XXI. Esse é um dos paradoxos que a significação da sustentabilidade vem trazer para o debate. E nós, consumidores egóicos, achamos o máximo comprar produtos produzidos na China, com seus preços reduzidos. Economia de mercado como indicador? Deplorável índice.

O famoso verso de Drummond, que diz “Mundo mundo vasto mundo/Se eu me chamasse Raimundo/Seria uma rima, não seria uma solução” talvez expresse o cerne da nossa questão – livrarmo-nos de nossos subterfúgios para encararmos a difícil realidade da qual somos co-reponsáveis em produzir, sendo a nossa responsabilidade proporcional a nossa consciência, com certeza. Quanto mais soubermos e sentirmos a necessidade da mudança e continuarmos a viver como sempre vivemos, estaremos praticando uma hipocrisia indesculpável, pagável com o futuro da existência humana na Terra.


Mas, o que de fato podemos fazer para praticar a sustentabilidade em nosso cotidiano? Primeiro temos que querer o que pressupõe o entender a importância de. As mudanças climáticas e o aquecimento global é um argumento científico. O mal estar da civilização, com o desencadeamento cada vez mais intenso de depressões é outro. A violência cada dia mais explícita, a crise econômica mundial, a extinção de espécies, a devastação da floresta amazônica, a eminente escassez de recursos hídricos, a falta de sentido na vida, ou o sentido apenas em ter produtos, as guerras e o terrorismo, são outros. Mas e daí, se isso é lá e não aqui? E aqui? E agora, José (Maria)? O que quero dizer é que as sustentabilidades só se sustentam se encontramos nessa maré de desgraças soluções práticas e condizentes com nossa realidade, desde que isso também tenha um impacto positivo para o coletivo e para a Vida como um todo.


Que esse blog possa, ao nos fazer pensar e refletir, nos dar a energia para ação de transformar, de querer sustentar relações e hábitos diversivicados para as sustentabilidades. Sejam muito bem vindas/os!


Para começar, um breve vídeo da Carta da Terra em Ação!

A Carta da Terra Brasil from Carta da Terra Brasil on Vimeo.